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Brasil sai na frente de outros países no ramo da tecnologia, diz diretora da BMC Software

Olhar Digital cobriu evento em São Paulo e conversou com especialistas sobre os rumos da tecnologia no Brasil

“O Brasil está atrasado”, você já deve ter ouvido essa frase muitas vezes, mas pelo menos no ramo da tecnologia, o país avança bem. De acordo com Marcia Nakahara, diretora regional da BMC Software no Brasil, apesar dos custos mais elevados, o mercado brasileiro é bastante competitivo.

O Olhar Digital esteve no BMC Connect, evento em São Paulo que contou com palestras e demonstrações das principais tecnologias corporativas da empresa no Brasil. Em entrevista com diretores da companhia e com Pietro Delai, diretor da IDC no Brasil, a evolução da tecnologia no Brasil foi um tema constante.

“O brasileiro é muito criativo. Mesmo com o custo da tecnologia no Brasil, a gente viu nesse evento como estamos avançados nesse segmento”, disse Delai. Ele citou ainda o sistema de pagamentos bancários no Brasil, que é considerado um dos mais modernos do mundo, com tecnologias como o Pix e o pagamento por aproximação.

As pessoas as vezes tem essa ideia de que o Brasil é atrasado tecnologicamente, mas apesar de todas as dificuldades o país consegue avançar e muito

Pietro Delai
Entre os desafios apontados estão o custo da tecnologia no Brasil e a falta de mão-de-obra qualificada. Um estudo realizado pelo Google e divulgado recentemente mostrou que o Brasil terá um déficit de 530 mil profissionais de tecnologia da informação (TI) até 2025.

O relatório do Google foi produzido em parceria com a Associação Brasileira de Startup (Abstartups) e indicou que, todos os anos, cerca de 53 mil profissionais de TI se formarão entre 2021 e 2025.

Apesar do número parecer alto, a demanda por esses profissionais no mesmo período será de 800 mil, de acordo com a associação das empresas de tecnologia, a Brasscom.

Potencial na tecnologia, apesar do custo alto
“O Brasil é gigante e é um mercado com um potencial imenso” explicou Nakahara. De acordo com a especialista, o comportamento das empresas aqui é diferente. Enquanto em mercados como os Estados Unidos e Europa startups de tecnologia prosperam com facilidade, no Brasil as empresas grandes ainda dominam.

O Brasil, no geral, prefere confiar em empresas mais consolidadas, com tempo de mercado, até por conta do custo da tecnologia aqui

Marcia Nakahara

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